Gênero cinematográfico que contempla filmes com temas ambientados no passado (mundo feudal) e derivados diretamente do teatro kabuki e nō, baseados numa trama narrativa de orientação popular. Considerado o pai do cinema japonês, Shozo Makino (1878 – 1928) foi um diretor de teatro kabuki que se aproximou da arte cinematográfica e utilizou a técnica convencional (do início do século XX) da câmera posicionada no ponto central do cenário, sem movimento, trazendo a perspectiva dos espectadores de um teatro. Sua importância para a sétima arte está para o Japão, assim como George Méliès (1861 – 1938) está para a França. Shozo Makino deu o pontapé inicial para as produções de jidaigeki (時代劇 – drama histórico/de época), sendo reconhecido na história do cinema como o precursor do gênero.
Exemplos de filmes do gênero jidaigeki:
- Rashomon (Rashômon, 1950) de Akira Kurosawa (1910-1998);
- Contos da Lua Vaga (Ugetsu, 1953) de Kenji Mizoguchi (1898-1956);
- Três Samurais Fora da Lei (Sanbiki no samurai, 1964) de Hideo Gosha (1929-1992);
- A Conspiração do Clã Yagyu (Agyû ichizoku no inbô, 1978) de Kinji Fukasaku (1930-2003);
- O Fantasma de Yotsuya (Tôkaidô Yotsuya kaidan, 1959) de Nobuo Nakagawa (1905-1984).
Referências:
NOVIELLI, Maria Roberta. História do Cinema Japonês. Tradução de Lavínia Porciúncula. Brasília: Universidade de Brasília, 2007.
RICHIE, Donald. A Hundred Years of Japanese Film. New York: Kodansha USA, 2012.