Até meados da década de 1990 no Japão, mangá referia-se a todas as histórias em quadrinhos, tanto as ocidentais quanto as japonesas. Mas, com o boom da internet, mangá começou a ser utilizado internacionalmente para definir um estilo de histórias em quadrinhos – neste caso, o japonês. Embora o mangá tenha sofrido influência das HQs americanas e europeias, ele mantém intrínseco na sua criação elementos tradicionais da cultura japonesa, como linhas, formas visuais da narrativa, cenário, planos de fundo, onomatopeias e diálogos com o passado histórico artístico como os emakimono, ukiyo-e e padronagens. Outra característica peculiar dos mangás – e que permanecem considerados por pesquisadores – são os diversos gêneros para diferentes leitores como: shōnen (少年- “poucos anos; jovem”), para meninos de 12 a 20 anos; shōjo (少女 – menina), voltado para meninas de 12 a 20 anos; gekiga (劇画 – imagens dramáticas), mangá de cunho histórico; josei (女性 – mulher), voltado para donas de casa; sarariman (サラリーマン – trabalhador assalariado), para homens trabalhadores; e mecha (メカ – mecanismo, mecânico) para quem aprecia ficção-científica. 

Referências:

GRAVETT, Paul. Mangá: como o Japão reinventou os quadrinhos. Tradução de Ederli Fortunato. São Paulo: Conrad Editora, 2006.

NATSUME, Fusanosuke. Manga wa naze omoshiroi no ka: sono hyôgen to bunpô. (Por que mangá é tão interessante: suas expressões e gramática.). Tokyo: NHK raiburari, 1997.

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