Termo criado nos anos 1960 para referir-se a uma forma de teatro de vanguarda, qualificado como “underground” – em japonês: “andāguraundo” (アンダーグラウンド), abreviado para “angura” – que encontrava inspiração em autores ocidentais como Bertolt Brecht (1898-1956), Samuel Beckett (1906-1989) e Eugène Ionesco (1909-1994). Por extensão, o termo passou a qualificar não apenas teatro, mas igualmente música, dança, artes gráficas e modos que optassem por caminhos que se afastassem da cultura em voga. O bairro de Shinjuku, em Tóquio, era considerado o palco por excelência da cultura angura. Os dramaturgos Shūji Terayama (寺山 修司) (1935-1983) e Makoto Satō (佐藤 信) (1943-) encontram-se entre os principais representantes.

Referências:

BERQUE, Augustin (dir.). Dictionnaire de la civilisation japonaise. Paris: Hazan, 1994.

OKABE, Aomi. Action et avant-garde. In: Japon des avant gardes, 1910-1970. Paris: Éditions du Centre Pompidou, 1986.