Tópica derivada de yūgei (遊芸 – “artes do entretenimento”), é sua personificação: refere pinturas e estampas ukiyo-e yakusha (役者 – “ator/atriz”), termo que refere os dançarinos de kabuki, que se desenvolve, em seu encontro com o bunraku (文楽 – “texto e música”, teatro de bonecos), em dramaturgia complexa. O ator como bijin (美人 – “figura bonita”), é representado em seus papéis femininos jovens e em papéis masculinos jovens, em geral sedutores, charmosos, um pouco decadentes dependendo da época.

Com o estabelecimento do teatro kabuki centrando-se somente em homens, os atores se tornam modelos da moda: suas peças, danças, penteados e kimonos se tornam objetos de juízo nos yakusha hyōban-ki (役者評判記 – catálogos críticos de atores) que surgem por volta de 1650 em Kyoto e adquirem caraterística ficcional.

As estampas englobam representações de atores de corpo inteiro (tachi-sugata (立ち姿 – “figura-em-pé”), outras em bustos e faces (ōkubi-e 大首絵 – “pintura de grandes pescoços”), e em cenas de palco (shibai-e 芝居絵 – “pintura de teatro”). Muitas se tornam compostas em trípticos; outras são representadas com intuito realista (nigao 似顔 – “face-semelhante”), com representação de seus usos-e-costumes (fūzoku 風俗), não raro associando-se a locais-famosos (meisho-e 名所絵), e estações sazonais (shiki-e 四季絵).

Referências:

HASHIMOTO CORDARO, Madalena Natsuko. Pintura e escritura do mundo flutuante: Hishikawa Moronobu e ukiyo-e Ihara Saikaku e ukiyo-zōshi. São Paulo: Hedra, 2002.

HASHIMOTO CORDARO, Madalena Natsuko. Ukiyo-e: pinturas do mundo flutuantes. São Paulo: IMS, 2008, 2 vols.