A evolução históricas das gueisha (芸者 – “pessoa de artes”), compreendidas como dançarinas, cantoras e musicistas, pode ser traçada desde o período Heian (794 – 1185), quando eram conhecidas como shirabyōshi (白拍子 – “ritmos marcados / dançarinas”), sendo famosa a companheira do épico guerreiro Yoshitsune Minamoto (1159 – 1189). No tempo das grandes casas comerciais, as moças odoriko (踊子 – “menina dançarina”) cantavam e tocavam shamisen nas mansões de samurais e dos mais afluentes. Iniciam as danças onna kabuki (女歌舞伎 – “mulher em canto-dança-atuação”) em templos e margens secas dos rios. Passam a servir em restaurantes e, finalmente tornam-se profissionais, muitas provindas de famílias pobres que aprendem a dança e a música e chegam mesmo a vender o corpo. Como não se casavam, mesmo envelhecidas, continuavam a ser chamadas de “meninas dançarinas” (maiko, 舞子). Mas, com o estabelecimento de Yoshiwara, o termo geisha passa a ser usado em geral, sendo maiko reservado para as mais jovens, sentido utilizado hoje em dia.

Em resumo: se jovem, será maiko; se mulher feita, geisha. Se trabalhasse em área de prazeres, kuruwa-geisha; se independente, machi-geisha, de cuja matriz se derivaram as “meninas dançarinas” maiko.

Referências:

KOMATSU, Keibun. Iro no jiten (Dicionário de erotismo). Tokyo: Bungeisha, 2000.

LONGSTREET, Stephen & Ethel. Yoshiwara – The pleasure quarters of old Tokyo. Tokyo: Charles E. Tuttle Co. & Yen Books, 1988.

ONO, Tadao. Yūjo to kuruwa no zushi (Pinturas de yūjo e kuruwa). Tokyo: Tenbōsha, 1984.

SEIGLE, Cecilia Segawa. Yoshiwara – the glittering world of the Japanese courtesan. Honolulu, University of Hawai’i Press, 1993.

SWINTON Elizabeth de Sabato (org.). The women of the pleasure quarter – Japanese paintings and prints of the floating world. Nova York: Worcester Art Museum, 1996.