Conceito lançado pela crítica de arte Midori Matsui em seu livro The Age of Micropop (2007). Matsui aponta Micropop como um movimento que diz respeito à criação artística isento da ideologia, estética e comportamento dominantes. Inspirado em conceitos de Gilles Deleuze (1925-1995)  e Félix Guattari (1930-1992) e de Michel de Certeau (1925-1986), aponta para o “poder revolucionário da criação menor de sujeitos marginalizados em uma cultura maior”. É uma atitude micropolítica, na qual se valoriza maneiras de percepção livres de pressões institucionais, das influências do capitalismo global e da mídia de massa.

Caracteriza-se por dois métodos e atitudes: um deles é a junção de fragmentos de diferentes origens informacionais para criar uma interpretação individual do artista dissociada da ideologia dominante; o segundo é o uso lúdico de produtos banais ou obsoletos e lugares obscuros para fazer releituras, inventar situações de forma a encorajar a interação com o público e a provocar comunicações e ações espontâneas. Matsui chama ambos os métodos de “des-territorialização” e “re-uso” e objetiva revigorar as percepções, tanto do artista quanto do espectador, para com o universo familiar e reivindicar a sua própria existência.

Referências:

MATSUI, Midori. The age of micropop: the new generations of japanese artists. Tokyo: Parco Shuppan. 2007.

MATSUI, Midori. Winter garden: the exploration of the micropop imagination in contemporary japanese art. Tokyo: Bijutsu Shuppan-Sha, 2009.