Fora do Japão, o termo anime – uma abreviação de animation – diz respeito às animações nipônicas, enquanto que, no país, faz referência a qualquer tipo de desenho animado. A palavra passou a ser utilizada a partir das interferências linguísticas causadas pela intervenção estadunidense durante a ocupação forçada do arquipélago japonês no pós-guerra (1945-1952). O período marca a entrada de muitas palavras da língua inglesa (como animation) no país, que viriam a se tornar parte do vocabulário da população.

É possível citar o mangá como precursor do anime, uma mídia na qual até hoje são inspiradas muitas das produções animadas. As primeiras animações japonesas de que se tem registro foram desenvolvidas na década de 1910, quando eram chamadas de dōga (動画 – vídeo ou imagem em movimento). O percurso histórico dessa arte é marcado por uma constante renovação e reinvenção técnica, somando, nas últimas décadas, a computação gráfica como recurso para uma aceleração na velocidade da produção.

Os anime são também, muitas vezes, a “porta de entrada” de muitos ocidentais para a cultura nipônica, principalmente devido ao forte investimento dos japoneses nesse mercado.

Referências:

BRENNER, Robin E. Understanding manga and anime. Westport: Libraries Unlimited, 2007. 

NAPIER, Susan. Anime from Akira to Howl’s Moving Castle: experiencing contemporary japanese animation. New York: Palgrave Macmillan, 2005. 

POITRAS, Gilles. Contemporary anime in japanese pop culture. In: MACWILLIAMS, Mark W. (org.). Japanese visual culture: explorations in the world of manga and anime. New York: M. E. Sharpe, Inc., 2008. cap. 2, p. 48-67.